sexta-feira, 27 de junho de 2008

TCU considera irregulares contas de mais de três mil gestores brasileiros

O presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Walton Alencar Rodrigues, entregou ontem ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Ayres Britto, uma lista com os nomes e dados de mais de 3.000 gestores públicos – ministros, secretários estaduais e prefeitos, entre outros – que podem ser impedidos de disputar as eleições de outubro.

Os dados se referem a contas públicas apresentadas pelos gestores que foram consideradas irregulares pelo tribunal. Com os dados do TCU em mãos, as candidaturas dos gestores citados podem ser declaradas impugnadas, impossibilitando a eleição do político ou autoridade. Os dados completos dos gestores, incluindo nome, município, Estado e o órgão mencionado estão no site do TCU. As informações se referem a gastos relativos aos últimos cinco anos.

Na lista apresentada por Walton Britto, há referências a gastos irregulares de políticos. O TCU informou, no entanto, que os candidatos às eleições de outubro têm até o dia 5 de julho deste ano para apresentar documentos relativos às contas analisadas pelo tribunal. Dessa forma, os gestores citados na lista podem regularizar as contas junto ao tribunal até o início de julho, caso decidam disputar as eleições municipais. Segundo a assessoria do TCU, o tribunal não declara a inelegibilidade de responsáveis por contas julgadas irregulares. Essa competência é da Justiça Eleitoral. Ao tribunal cabe apresentar a relação das pessoas físicas que se enquadram nos requisitos legais.

Para a elaboração da lista, o TCU utilizou informações do cadastro de contas julgadas irregulares (Cadirreg) do próprio tribunal – que é um cadastro histórico que reúne o nome de todas as pessoas, físicas ou jurídicas, vivas ou falecidas que têm ou não de cargo público, mas cujas contas foram julgadas irregulares pelo TCU. Como a eleição, em primeiro turno, será dia 5 de outubro, foram julgadas as contas no período compreendido entre 6 de outubro de 2003 e 5 de outubro de 2008. A assessoria do TCU informou ainda que a exclusão de nomes é automática, conforme o enquadramento ou não nos critérios legais. Não há necessidade de solicitar exclusão de nomes da lista.

Do Jornal Diário do Amapá.

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