Uma de nossas maiores referências musicais, o mestre Nonato Leal, abriu a boca para falar de um assunto que martiriza a maior parte da classe artística do Amapá: a falta de uma política de Estado para a Cultura.
O lugar escolhido para o desabafo não poderia ter sido melhor, foi a Casa do Chorinho, que hoje concentra um grande número de amantes da música brasileira. Todo final de semana, políticos, autoridades, artistas e o povão se encontram no bar para escutar o melhor do chorinho e da música popular brasileira.
Depois da “canja” dada pelo intérprete Biraelson, que canta divinamente bem, mas que não tem qualquer incentivo, foi pedido ajuda dos presentes para que o mesmo possa fazer um tratamento fora do Estado, já que é portador de hepatite C. Biraelson humildemente falou de seu problema e fez rodar uma caixinha de colaboração.
Nesse instante, o mestre Nonato Leal solicitou o microfone, mas em vez de música, desabafou. Reclamou sobre a falta de política séria, comprometida com a classe artística. Disse que um talento como o de Biraelson não pode deixar de ter o devido incentivo e reconhecimento. Leal acusou a Secretaria de Cultura de beneficiar “uma panelinha”. “Do alto de meus 80 anos não tenho medo de falar sobre isso, ou de ser perseguido” - disse o velho mestre. A Casa estava lotada, quem estava lá ouviu tudo e aplaudiu.
terça-feira, 15 de abril de 2008
O desabafo do mestre
Postado por Zico às 11:39
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