sexta-feira, 11 de abril de 2008

Manifestantes pró-Tibete enfrentam repressão fora da China

Manifestante pró-Tibete é preso pela polícia durante protesto na cidade de Kolkata, na Índia. O líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, afirma que, se o Governo Chinês 'aplicasse o que está escrito em sua Constituição, se concedesse a autonomia municipal e regional e desse plenos poderes aos tibetanos, todos os sentimentos negativos desapareceriam'.

O Tibete já está há 50 anos sob domínio chinês. Mesmo a região sendo autônoma (sem seguir à risca as políticas chinesas), ainda há muita influência dos governantes de Pequim, capital da China. Com isso, os protestantes tibetanos acabaram entrando em conflito contra os chineses, no último mês de março, o que resultou em 80 mortes, segundo os habitantes do local. A região não está declaradamente em guerra, mas risco de conflitos são iminentes.

O maior líder tibetano - o Dalai Lama - é conhecido mundialmente pela sua peregrinação em defesa da paz por todo o mundo. Nesse momento de crise é grande a simpatia da opinião pública mundial em favor do povo tibetano.

Pequim afirma que o líder tibetano chantageia o país para obter ‘concessões ao separatismo’. A China acusou o Dalai-lama de usar a agitação no Tibete para fortalecer as pretensões de independência tibetana, usando os Jogos Olímpicos de Pequim, que começarão em agosto, como “refém”. O ataque verbal ao líder tibetano exilado, acusado de aliar-se a separatistas muçulmanos uigures na região ocidental de Xinjiang - aos quais Pequim freqüentemente acusa de promover atos terroristas -, faz parte de um intenso esforço de propaganda e segurança para conter os distúrbios antichineses às vésperas da Olimpíada.

Países que têm o rabo preso com relação a movimentos separatistas são favoráveis a política de repressão do governo chinês ao povo tibetano. Mas ressalto que o Tibete precisa ganhar a sua autonomia política, a fim de que preserve a sua cultura e seja respeitado um princípio fundamental do Direito Internacional, que é o da auto-determinação dos povos.

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