Quem nunca se emocionou ouvindo esse tipo de música meio tristonha, em que o violão e o cavaco parecem choramingar?
O chorinho, como é conhecido, surgiu mais ou menos em 1870 no Rio de Janeiro. E quem criou o ritmo não era gente da elite, não: eram músicos populares, funcionários de repartições públicas ou de bandas do Exército, gente simples que trabalhava de dia e ia tocar à noite. Um dia esse pessoal teve uma idéia brilhante: eles criaram uma nova interpretação para um tipo de música chamado polca, que hoje em dia a polca nem é muito conhecida (aposto que você nunca ouviu falar dela), mas que naquela época fazia o maior sucesso no Brasil.
A polca é um ritmo dançante e rápido. Os músicos populares daquele tempo costumavam se unir em conjuntos de tocadores de violão e cavaquinho. E olhe como são as coisas: os músicos de cavaquinho aprendiam as polcas "de ouvido"(ou seja, sem usar partitura, que é a forma de escrever música) e as tocavam para ensiná-las ao pessoal do violão. E, com o tempo, o que era só um exercício acabou virando um novo ritmo: o Choro!
Como os violonistas acabaram fixando determinados jeitos de tocar aquelas músicas, sempre nas cordas de som grave do violão, seu tom ficou mais triste, mais chorado, mesmo - daí o nome Chorinho.
E, hoje, para comemorar o Dia Nacional do Chorinho, poetas, cantores e amantes do ritmo, estarão reunidos na Casa do Chorinho para se confraternizar. A música fica por conta do Grupo de Samba Pura Raíz. O endereço é na Rua Jovino Dinoá, no bairro Jesus de Nazaré.
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