quinta-feira, 3 de abril de 2008

Direito de resposta...

Saudações Companheiro Zico, venho manifestar meu posicionamento sobre o artigo e os ataques auferidos a minha organização. Gostaria de frisar que acho muito importante as produções escritas sobre posicionamentos e formas de compreender o todo. O artigo do Yan começa muito bem fundamentado e com questionamentos pertinentes!!! Todavia, como quase todos os documentos do movimento estudantil, ainda é embrenhado de revanchismo e pouco embasamento real, panfletário!

A luta do movimento estudantil é organizada por suas entidades representativas e, ele cita a UJS (União da Juventude Socialista) como se fosse uma entidade representativa, quando na realidade a UJS é uma organização político-ideológica, que disputa essas entidades. Gostaria de dizer que Yan hoje pode tirar seu título de eleitor e como cidadão escolher o melhor para o Amapá graças a UJS que foi autora do projeto de lei do voto aos 16 anos na Constituinte.

Sobre a reforma universitária, posso falar uma coisa, há anos o movimento estudantil discute e quase todas as bandeiras do movimento estão contempladas nela, claro que precisamos fazer mudanças em sua proposta original. Só a UJS já enviou mais de 16 propostas de mudança ao PL 7200 - reforma universitária.

Hoje o problema do movimento estudantil, que na realidade é de todo movimento social, são os ataque do sistema neoliberal a suas organizações. Vemos isso na mídia, novelas, mini-séries, além das crises políticas e dos grandes escândalos de corrupção. Não podemos dizer que são uma ou duas pessoas que fazem isso!!! Mas sim um sistema como um todo!!!

Nesse sentido, peço o devido respeito a todo nosso acúmulo de luta nesses 23 anos existência e luta da União da Juventude Socialista (UJS), e dizer que é sempre bom o debate franco e fraterno, para que o objetivo seja sempre engrandecer a luta da juventude e dos estudantes!

Sugiro Aziel, que cite o nome da escola desse colega estudante! E que ele tbm possa se envolver nas organizações estudantis, pois em sua escola nem grêmio tem, aí fica fácil atacar e ficar de braços cruzados!

Patrique Lima. Diretor da UNE, filiado e militante da UJS desde 2000.

Nota do blog: Em que pese o teor do artigo escrito por Yan, posso afirmar que não concordo com a integralidade das suas teses, principalmente àquelas que se referem à UJS, organização da qual tive longas parcerias na luta política e ideológica da minha geração. Mas posso garantir que a atitude de Yan é louvável num momento em que o movimento estudantil está vivendo um período de acomodação e pouca produção política. Patrique é uma exceção. É um companheiro combativo e com uma capacidade rara hoje em dia - a de debater programaticamente o seu tempo. E Yan, por sua vez, começa a trilhar uma luta bem diferente do meu tempo que se dava nas ruas e no enfentamento direto com as forças da ditadura e a do aparelho estatal pós-regime militar. Enquanto Patrique participa ativamente da luta no dia-a-dia, nas organizações do movimento. Yan optou por produzir literatura alternativa pra fazer pensar o movimento. "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena" - diria Fernando Pessoa.

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