quarta-feira, 7 de maio de 2008

Fazendeiro acusado de matar irmã Dorothy é absolvido

O fazendeiro Vitalmiro Moura, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, foi absolvido na noite de ontem, terça-feira, dia 06 de abril, após dois dias de julgamento na 2ª Vara do Júri, em Belém (Pará). Esta é a segunda vez que o fazendeiro é julgado pelo crime.

Já Rayfran das Neves Sales, acusado de ser o executor do crime, foi condenado a 28 anos de reclusão. Este foi o terceiro julgamento de Rayfran.


Eduardo Imbiriba, o advogado de Vitalmiro Moura, negou em sua defesa que seu cliente fosse autor do crime e cobrou sua absolvição. Ele afirmou que não existe nenhuma prova concreta no processo contra Moura, mais conhecido como Bida.

Já Marilda Cantal, defensora pública de Rayfran Sales, afirmou que o crime não foi encomendado e que seu cliente só atirou na missionária por que se sentia pressionado por Dorothy e pelos colonos apoiados por ela.

A missionária norte-americana Dorothy Stang foi morta a tiros na zona rural de Anapu em 12 de fevereiro de 2005. Segundo a acusação, Vitalmiro de Moura foi o mandante e Rayfran Sales foi o executor do crime de assassinato, por conta de irmã Dorothy denunciar irregularidades na ocupação de terras por fazendeiros e grupos políticos nessa região do Estado do Pará.

É uma pena que a Justiça do Estado do Pará faça vista grossa diante das atrocidades com que muitos poderosos agem contra aqueles que lutam em prol dos humildes e dos pobres... Já ganhou notoriedade internacional a atuação do judiciário paraense que mantém impune assassinos de líderes sindicais, sem-terra, religiosos e outros ativistas sociais.

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