terça-feira, 20 de maio de 2008

Depois da oposição. Agora o fogo amigo...

Quem pensa que a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) -candidata preferencial do presidente Lula a sua sucessão - é uma unanimidade dentro da legenda petista está tremendamente enganado. Está sendo mais fácil para Lula convencer o nome de Dilma entre os demais partidos da base aliada do que dentro do próprio PT.

O primeiro medalhão petista a se manifestar publicamente contra a intenção presidencial foi o ministro Tarso Genro (Justiça). Numa entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora, neste final de semana, o ministro, disse que “Dilma não tem militância partidária” e que “o candidato tem de ter profundo vínculo (com o PT), compreenda que o partido vai ser um sujeito político importante para compor o sistema de alianças, o que não se dará exclusivamente em torno da liderança de uma pessoa, como foi o caso de Lula”.

Tarso ainda informou: “Estamos compondo um grupo de dez, doze dirigentes do partido, com voz pública, respeitabilidade, relações políticas internas e sólidas para trabalhar esse conceito de núcleo dirigente: Patrus Ananias, Luiz Dulci, Marco Aurélio Garcia e eu”. O ministro ainda foi mais além: “Ela (Dilma) pode ser candidata, mas atualmente não compõe esse grupo. Não é defeito dela, é um estilo de trabalho”.

Há dias atrás, quando enfrentou o rancor da oposição no Congresso, a ministra Dilma se saiu muito bem. Resta saber agora se resistirá o fogo amigo dos seus póprios companheiros de PT. É briga de gente grande. Esperar pra ver...

Nenhum comentário: