domingo, 31 de agosto de 2008

Antropóloga do Amapá concorre ao maior prêmio da literatura brasileira

O livro Batismo de Fogo, da antropóloga Artionka Capiberibe está entre os dez livros finalistas na categoria Melhor Livro de Ciências Humanas do prêmio Jabuti de literatura deste ano. Batismo de fogo trata da conversão para o cristianismo dos índios da etnia Palikur, que vivem ao norte do Amapá e na Guiana Francesa. O livro foi lançado em outubro do ano passado aqui no Amapá na livraria Transa Amazônica.

Para Aparecida Vilaça, professora do Museu Nacional, “Batismo de Fogo deve ser saudado como uma das raras monografias antropológicas – e certamente uma das primeiras realizadas na Amazônia indígena – que decide encarar de frente o tema cristianização de um grupo nativo, e sobretudo por fazê-lo com acuidade etnográfica e perspicácia analítica. O privilégio do ponto de vista indígena não exclui de modo algum a perspectiva missionária, e é a partir desse diálogo que o livro nos permite compreender que os Palikur viram no pentecostalismo potencialidades diversas e complexas, desde a sua adequação como ferramenta na constituição de uma nova identidade no cenário regional majoritariamente católico, até a possibilidade de extensão a toda e qualquer pessoa da capacidade xamânica de contato direto com o mundo espiritual, por meio do batismo com o Espírito Santo.”

Saiba o que é o prêmio Jabuti

O Jabuti foi idealizado em 1958 pelo então presidente da CBL(Câmara Brasileira do Livro), Edgard Cavalheiro, com o objetivo de prestigiar e difundir o trabalho de escritores, editores, livreiros, ilustradores e gráficos, a exemplo do que já era feito em diversos países europeus.
O sucessor de Cavalheiro, Diaulas Riedel, deu continuidade ao projeto, abrindo concurso entre 32 escultores de São Paulo e outros estados para a confecção da estatueta do Jabuti. Bernardo Cid de Souza Pinto foi o vencedor.

No folclore brasileiro, o jabuti é um animal que se distingue pela paciência e tenacidade com que vence os desafios. Por isso foi escolhido para simbolizar a atividade de nossos escritores, editores, livreiros e gráficos.

No final de 1959, foi realizada no auditório da CBL a primeira cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti, cabendo a Jorge Amado, por “Gabriela, Cravo e Canela”, o recebimento do primeiro troféu.

Matéria extraída do Blog Notícias Daqui, link ao lado.

Nota do blog: Já tive o privilégio de noticiar aqui na Zona do Zico a respeito do livro "Batismo de Fogo". Foi uma das minhas melhores leituras nesse ano. E não tinha como esse livro não está entre os melhores da área de ciências humanas.

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